no rio de janeiro

Casal de Santa Maria conquista título brasileiro de jiu-jitsu

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Foto: Arquivo pessoal
Daniel e Diosana foram campeões brasileiros de jiu-jitsu

Namorados e campeões brasileiros de jiu-jitsu. Daniel Jaenisch Lopes, 34 anos, e Diosana Frigo, 32, representantes da equipe Drill BJJ, conquistaram o ouro no Campeonato Brasileiro de Jiu-jitsu, disputado no Rio de Janeiro, berço do jiu-jitsu no Brasil, entre 25 de setembro e 3 de outubro. Para subir ao lugar mais alto do pódio do torneio, que é considerado um dos mais difíceis do mundo, os lutadores de Santa Maria encararam uma rotina intensa de treinamentos, que envolveu quase um ano de prática dentro de casa, por conta da pandemia.

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Daniel lutou pela categoria Master 1 (nascidos antes de 1991) peso Pluma, na faixa roxa. Foram quatro confrontos, todos no último dia 30. Diosana também lutou na última quinta-feira, pela mesma categoria de Daniel, no feminino. Foram duas lutas para garantir a medalha de ouro. 

Boa parte da preparação, no período pandêmico, foi feita em casa.

- Temos um tatame bem ruim em casa, montamos e mantivemos a mesma rotina de treinos. Preparamos os pesos, e fizemos o treinamento diário, coisa de três horas por dia de jiu-jitsu específico. Foi bem complicado, pois precisávamos de uma visão exterior, de um professor - conta Daniel.

Os treinos na academia foram retomados no final do ano passado, e o casal também participou de treinamentos intensivos em Porto Alegre duas semanas antes do Brasileiro. Conquistar o ouro era o grande objetivo dos dois, que tiveram que lutar em uma categoria acima, com atletas mais pesados, pela falta de competidores no peso galo. Diosana já conquistou, na carreira esportiva, os títulos Sul-Americano, Sul-Brasileiro e Europeu. Mas, no Brasileiro, havia batido na trave.

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- O Brasileiro de 2019 foi o único que lutei e não subi no pódio. Foi bem frustrante. Então, me preparei muito. Sempre penso em estar pronta para entrar em qualquer batalha. Eu tinha como foco vencer esse Campeonato Brasileiro - conta.

Para Daniel, o título é a principal conquista dentro do esporte. O Brasileiro, apesar do nome, também reúne competidores de fora do país.

APOIO

Os campeões brasileiros tiraram do bolso o recurso para bancar viagem, estadia e inscrição. A estimativa é de um gasto de pelo menos R$ 2 mil. Os esportistas não têm patrocinadores e não se sustentam com o jiu-jitsu - os dois fazem pós-graduação na UFSM.

- A maior luta que a gente tem no momento é conseguir patrocinadores que nos acompanhem e apoiem com custos de preparação física, nutrição. A gente tem nosso trabalho, estuda, a gente faz com o que tem, mas nossa maior luta é conseguir patrocínio financeiro. É sempre tudo muito difícil - explica Daniel.

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Agora, o foco vira para o Campeonato Gaúcho, que pode dar uma passagem para o Campeonato Mundial, nos Estados Unidos. Diosana lidera o ranking do torneio, mas precisa também vencer competidoras de outras categorias para conseguir a passagem. No masculino, a passagem é dada ao campeão de cada categoria. 

O campeonato foi organizado pela International BJJ em parceria com a International Brazilian Jiu-Jitsu Federation e com a Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu. As lutas aconteceram no Parque Olímpico de Deodoro.

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